Perda de mais de 60% dos empregos em Gaza

Fumaça após ataque aéreo israelense em Gaza
Fumaça após ataque aéreo israelense em Gaza (Foto: Rizek Abdeljawad/Ag. Xinhua)

A Faixa de Gaza perdeu pelo menos 61% de seus postos de trabalho, o equivalente a cerca de 182 mil empregos em Gaza, desde o início do atual conflito Israel-Hamas, afirmou um relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira.

O conflito em Gaza também causou uma perda de 24% do emprego na Cisjordânia, o equivalente a 208 mil postos. “O total estimado de 390 mil perdas de empregos nas duas áreas traduz-se em perdas de US$ 16 milhões em rendimentos diários do trabalho”, afirmou o relatório.

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“Prevê-se que estes números aumentem se as operações militares em Gaza se intensificarem e a crise humanitária no enclave continuar desenrolando”, observou a Organização.

A diretora regional da OIT para os Estados Árabes, Ruba Jaradat, disse que as hostilidades em curso não só provocaram uma enorme crise humanitária, mas também uma crise social e econômica “com repercussões que serão sentidas durante muitos anos”. Jaradat reiterou o apelo da OIT para um acesso humanitário rápido e seguro para os civis em Gaza.

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“A nossa avaliação inicial das repercussões da trágica crise atual no mercado de trabalho palestino produziu resultados extremamente preocupantes, que só irão piorar se o conflito continuar”, disse Jaradat.

Taxa de desemprego já era uma das mais elevadas do mundo

“Estamos trabalhando incansavelmente com parceiros governamentais, trabalhadores e empregadores, outras agências da ONU e atores humanitários para fornecer assistência imediata aos trabalhadores e empresas afetados. Iremos também apoiá-los a longo prazo no recolhimento de informações vitais sobre o mercado de trabalho e na recuperação de empregos e empresas, em combinação com iniciativas de proteção social, ao máximo do nosso mandato”, acrescentou a diretora regional.

Bairros inteiros em Gaza foram destruídos, as infraestruturas foram severamente danificadas, as empresas fecharam, ocorreram deslocamentos internos em grande escala, e a falta de água, alimentos e combustível estão paralisando a atividade econômica, observa a OIT.

Mesmo antes do conflito atual, a situação no enclave bloqueado de Gaza era particularmente terrível. Os habitantes de Gaza lutam há muito tempo com taxas persistentemente elevadas de pobreza, vulnerabilidade e uma das taxas de desemprego mais elevadas do mundo, que se situou em 46,4 por cento no segundo trimestre de 2023.

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Programa de três fases para enfrentar problema dos empregos em Gaza

A OIT preparou um programa de resposta em três fases para fazer face ao impacto da crise no mercado de trabalho e nos meios de subsistência palestinos devido à perda dos empregos em Gaza.

A primeira fase, já em curso, centra-se nas obras de socorro. Implica a prestação de assistência imediata, como regimes de apoio emergencial aos meios de subsistência, aos trabalhadores palestinos. Os trabalhadores incluem habitantes de Gaza que, tendo perdido os seus empregos dentro de Israel após a eclosão do atual conflito, estão retidos na Cisjordânia.

A OIT mobilizou os seus recursos internos e já canalizou cerca de US$ 1,1 milhão para intervenções de ajuda de emergência e recolhimento preliminar de dados. Está também trabalhando na atribuição de mais recursos internos para implementar o seu plano de resposta.

A segunda fase – ou fase de revisão – envolve o recolhimento de dados e a análise de impacto, a fim de ajudar a planear, priorizar e aperfeiçoar as intervenções.

Por último, a fase de recuperação ficará centrada na criação de emprego através da recuperação intensiva de infraestruturas e de outros meios, bem como em medidas de proteção social e na recuperação de empregos e empresas.

Com Agência Xinhua

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