O diretor, que recentemente celebrou o sucesso de “Superman”, fala sobre a evolução do anti-herói vivido por John Cena, a integração ao novo universo cinematográfico e os bastidores emocionantes da série que retorna à HBO Max.
O tom irreverente, marca registrada dos projetos de James Gunn, atinge seu auge com a performance do ator e lutador John Cena em “Pacificador”. A série, que se tornou um verdadeiro fenômeno entre os fãs do personagem da DC Comics, retorna para sua segunda temporada no dia 21 de agosto na HBO Max, prometendo aprofundar ainda mais as complexidades de seu protagonista.
O nome de Gunn, que recentemente viu o novo filme do “Superman” arrecadar US$ 594,5 milhões globalmente, está novamente em destaque. Após o sucesso da primeira temporada em 2022, ele promete que os novos episódios não apenas expandirão o universo do “Grupo de Operações da Rua Onze”, mas também explorarão o desejo do Pacificador de ser visto como um herói de verdade, e não apenas uma piada. Esse desejo, no entanto, é complicado por seu passado conturbado e pela descoberta de um portal dimensional.
O Novo Cânone da DC e a Transição do Pacificador
Durante sua participação na CCXP na Cidade do México, James Gunn, agora copresidente e codiretor executivo do DC Studios, esclareceu pontos importantes sobre o futuro da franquia. Ele confirmou que, embora a primeira temporada de “Pacificador” fizesse parte do extinto Universo Estendido da DC (DCEU), iniciado por Zack Snyder, a história continuará sob as novas regras do Universo DC (DCU).
Para evitar confusão, o primeiro episódio da nova temporada incluirá um resumo dos acontecimentos relevantes, explicando como os eventos se integram a este “soft reboot”, garantindo que tanto os fãs antigos quanto os novos possam acompanhar a trama sem dificuldades.
A Visão Criativa de James Gunn
Questionado sobre como decide conectar os personagens do vasto universo da DC, Gunn explicou que sua abordagem é focada na naturalidade da história.
“Acho que faço isso a partir do que se encaixa naturalmente na narrativa. Por exemplo, na segunda temporada de ‘Pacificador’, vocês verão muitos personagens de ‘Superman’, a começar por Rick Flag Sr. (Frank Grillo), que aparece tanto em ‘Comando das Criaturas’ quanto em ‘Superman’. Este personagem começa com uma índole boa, mas as coisas não terminam bem para ele quando chega à série, e isso reflete a complexidade dos seres humanos. Então, resumindo, tudo depende do que faz sentido para a história, do que aconteceria no mundo real”, compartilhou Gunn.
Ele continuou: “Vivemos em um mundo que, você sabe, não é de super-heróis, mas no Universo DC, vivemos em um. Para o meu cérebro, este é um lugar real.”
John Cena e a Evolução do Pacificador
O final da primeira temporada mostrou Chris Smith (Pacificador) lidando com o fantasma de seu pai, a quem ele foi forçado a matar. Agora, Gunn garante que John Cena entregará a melhor atuação de sua carreira, explorando novas camadas do personagem.
“Nesta temporada, vemos John ir ainda mais fundo com este personagem. O Pacificador é surpreendentemente vulnerável e emocional, alguém que luta contra os traumas do passado”, afirmou o diretor. A trama explorará sua tentativa de se tornar uma pessoa melhor, ainda que nem sempre da maneira certa, mantendo a mistura de humor ácido, drama e ação que se tornou a essência da série.
O Multiverso no Centro da Trama
Uma das grandes novidades da segunda temporada será a introdução de viagens a mundos paralelos. Essa abordagem permitirá que os personagens encontrem versões diferentes da realidade, abrindo um leque de situações inesperadas e prometendo expandir as possibilidades narrativas do novo DCU de maneiras criativas.
Bastidores Emocionados e uma Nova Abertura
Gunn também comentou sobre como é estar em um set caracterizado por situações absurdas, admitindo que sua própria reação às vezes atrapalha o trabalho.
“Sou famoso no elenco por ser a pessoa que mais estraga os takes por rir no set. Eu estrago a maioria das cenas e as pessoas me ouvem gargalhando atrás das câmeras. Mas também já me viram chorar. Acontece de eu ver a atuação deles e chorar porque fico comovido com o que eles conseguem alcançar. Se eu perdesse essa capacidade de me emocionar, seria muito difícil para mim”, revelou.
Para finalizar, uma notícia aguardada pelos fãs foi confirmada: a icônica sequência de dança da abertura ganhará uma nova versão. A segunda temporada terá uma nova coreografia ao som de “Oh Lord”, da banda Foxy Shazam, prometendo mais um momento memorável para a série.