Eletrobras registra leve queda diária, mas acumula alta expressiva em 2025

As ações ordinárias da Eletrobras (ELET3), principal companhia do setor elétrico brasileiro, encerraram o pregão com uma leve baixa de 0,18%, cotadas a R$ 43,12. No decorrer do dia, os papéis oscilaram entre R$ 42,87 e R$ 43,49, com um volume financeiro expressivo de R$ 522,9 milhões em mais de 42 mil negócios registrados.

Apesar da oscilação negativa no dia, a performance da empresa ao longo do ano continua bastante positiva, com valorização acumulada de 28,98% em 2025. No comparativo das últimas 52 semanas, a alta é de 15,18%, refletindo a confiança do mercado na empresa após importantes marcos institucionais e operacionais.

Fundada pela Lei nº 3.890-A, em 1962, a Eletrobras — oficialmente chamada Centrais Elétricas Brasileiras S.A. — representa atualmente cerca de um terço da capacidade total de geração de energia elétrica no país. Com ações negociadas nas bolsas do Brasil, Estados Unidos e Espanha, a empresa é historicamente controlada pelo Governo Federal, mas passou por um processo de privatização aprovado em 2022.

A infraestrutura da Eletrobras é estratégica: aproximadamente 89% das linhas de transmissão do Brasil pertencem ao sistema da companhia. Além disso, mais de 90% da energia gerada pelas usinas da empresa tem origem em fontes de baixa emissão de gases de efeito estufa, o que reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a transição energética.

A empresa também tem papel relevante na gestão de programas governamentais voltados à expansão e democratização do acesso à energia. Entre os principais projetos sob sua responsabilidade estão o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), o Luz para Todos e o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica).

Em 2018, a Eletrobras deu um passo importante na reestruturação do setor ao concluir, com sucesso, o leilão de venda de todas as suas distribuidoras, focando suas atividades em geração e transmissão de energia elétrica.

Um dos atrativos recentes para os pequenos investidores é a possibilidade de aplicar até 50% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na Eletrobras. Essa opção foi aberta durante o processo de privatização, realizado entre os dias 3 e 8 de junho de 2022, permitindo a participação tanto direta quanto indireta por meio de Fundos Mútuos de Privatização (FMPs).

A valorização contínua das ações em 2025 reforça o potencial da Eletrobras como alternativa sólida para investidores que buscam exposição ao setor elétrico com foco em estabilidade, crescimento e impacto ambiental reduzido.