Os relatórios empresariais nem sempre têm o mesmo impacto, mas alguns podem desencadear reações significativas no mercado. É exatamente esse o caso da próxima conferência da Super Micro Computer (NASDAQ: SMCI), marcada para hoje após o fechamento do mercado. A empresa apresentará uma “atualização de negócios do segundo trimestre do ano fiscal de 2025”, e as expectativas em torno desse evento são elevadas.
Embora os números financeiros sejam essenciais, os investidores também querem saber se a SMCI conseguirá entregar suas demonstrações financeiras auditadas dentro do prazo exigido pela NASDAQ, que expira em 25 de fevereiro. Caso a empresa não cumpra essa obrigação, corre o risco de ser removida da bolsa de valores, um desdobramento que poderia impactar drasticamente suas ações.
Diante desse cenário, o mercado tem reagido positivamente à expectativa de boas notícias. As ações da SMCI registraram um impressionante salto de 33% nos últimos dias, refletindo um otimismo crescente entre os investidores.
Um desses investidores, conhecido pelo pseudônimo Oakoff Investment, acredita que essa alta pode ser apenas o começo de uma recuperação ainda maior.
“O preço das ações deve disparar conforme o mercado reavalia os riscos subjacentes que influenciam o desconto na valorização da SMCI”, afirma Oakoff. “A relação risco-retorno parece favorável para os compradores neste momento.”
Segundo o investidor, a SMCI está bem posicionada dentro do mercado de soluções para data centers, um setor que, de acordo com projeções, deve crescer a uma taxa composta anual de 11,8% entre 2023 e 2028. Esse mercado pode atingir um valor próximo a US$ 600 bilhões nos próximos anos, e a SMCI tem grandes chances de capitalizar sobre essa expansão.
“A SMCI deve se destacar frente à concorrência graças aos anos de investimentos pesados em pesquisa e desenvolvimento, além de suas parcerias estratégicas com os principais fabricantes de GPUs, como a Nvidia”, explica Oakoff.
O investidor também destaca os esforços da empresa para aprimorar seus processos de fabricação, incluindo a abertura de uma nova unidade de produção na Malásia. Essa expansão deve permitir uma escala maior de operação, o que pode resultar em margens de lucro mais robustas e, consequentemente, em um suporte adicional para a valorização das ações.
Entretanto, para que esse cenário otimista se concretize, é essencial que a empresa cumpra seus prazos de entrega dos relatórios financeiros, alerta Oakoff. Ele acredita que a tão esperada confirmação dessa regularização ocorrerá na conferência de hoje, servindo como o “sinal final de alta” que o mercado aguarda ansiosamente.