CEOs debatem educação e criação de empregos na pauta ESG | Brasil

Rachael Maia (esq.) e Márcia Maia: necessidade de ampliar conexões para criar oportunidades de emprego e educação para jovens e pessoas vulneráveis — Foto: Divulgação

“A riqueza é que vai transformar a pobreza”, afirmou a executiva Rachel Maia, da RM Consulting, em um brunch que reuniu CEOs e representantes de grandes empresas para falar de educação e empregabilidade em São Paulo. O evento, filantrópico, foi realizado pelo Instituto Capacita-me, ONG cofundada por Maia em 2018 e presidido pela irmã Márcia Maia, que já preparou 750 pessoas para o mercado de trabalho no período. De acordo com Maia, ele agora precisa ampliar suas conexões para criar mais oportunidades de emprego e educação para jovens e pessoas vulneráveis. “Se não criarmos uma corrente global, não vamos para lugar nenhum”, ressaltou.

Em dois painéis, executivos de diferentes setores abordaram como é possível atuar com mais efetividade dentro da pauta das melhores práticas ambientais, sociais e de governança contidas na sigla ESG, oferecendo oportunidades de educação e emprego. Paula Bellizia, presidente global de pagamentos do Ebanx, falou sobre a importância de dar acesso à tecnologia como uma medida transformacional para a sociedade. “As pessoas que não conseguirem fazer as perguntas necessárias em um mundo pautado pela tecnologia provavelmente vão deixar de capturar as oportunidades”, observou.

O CEO da Cosan, Luis Henrique Guimarães, disse que o país precisa de criar mais oportunidades de trabalho olhando para os novos empregos que estão sendo ou que ainda vão ser criados no futuro. “Não precisamos só de dentistas e advogados”, enfatizou. Para ele, a questão da empregabilidade passa também pela descentralização das oportunidades, hoje muito concentradas na região Sudeste. “Quase 100% dos novos empregos estão em São Paulo”, afirmou.

“Precisamos trazer pessoas que são hoje quase invisíveis para a nova economia”, pontuou Maira Pereira, diretora da Ambipar. O nutricionista Daniel Cady, sócio da BEN, que atua em projetos de agroflorestas e junto a comunidades quilombolas, lembra que é preciso olhar para as pessoas que estão nesses biomas e não apenas pensar na preservação ambiental. “Você dá R$ 10 mil para financiar um plantio florestal, o resto ele [agricultor] vai embora, ele já tem a força de trabalho, já sabe mexer com a terra, com o solo”, afirma. É preciso, segundo ele, escalar e dar atenção às pessoas que já estão no campo fazendo um trabalho que a gente não enxerga, dando um pontapé inicial baseado na educação e na oportunidade.

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Se não criarmos uma corrente global, não vamos para lugar nenhum”

— Rachel Maia

O posicionamento das empresas em relação às questões ESG hoje é uma demanda do próprio consumidor, destaca Daniela Ota, country manager da LVHM Parfums & Cosmetiques Brasil. Ela diz que a indústria do luxo colabora com essa agenda de forma silenciosa e cita exemplos de ações de marcas como Gucci, Swarovski e da própria LVMH, que foram pouco divulgadas. “O consumidor de luxo hoje exige que as empresas sejam sustentáveis, que apoiem as comunidades e a sociedade”, diz. Ela lembrou que muitos deles contribuem com a filantropia.

A advogada Iêda Cagni, procuradora da Fazenda Nacional (AGU), falou sobre o papel do profissional da área jurídica no apoio à agenda ESG. “Ele tem que trazer segurança para que as empresas possam de fato ter um ESG que não seja maquiagem”, afirmou. “Nós do universo jurídico podemos trazer mais conhecimento, porque muitas pessoas precisam de uma base mais concreta para poder mudar a vida.”

O papel da mídia, embora seja de neutralidade, também é relevante nessa agenda na medida em que ela pode escolher os olhares, afirmou Paula Mageste, CEO da Edições Globo Condé Nast. “Quando a gente fala em transformação social, a gente está falando sobre olhar para dentro da gente, como empresa de mídia. Quando a gente muda a composição das nossas equipes, a gente traz uma pluralidade de olhares na construção de pautas”, explicou. Isso se reflete, segundo ela, na forma como se observa os movimentos que as empresas têm feito na direção de trazer mais diversidade para dentro de casa. Ela diz que hoje com as redes sociais é possível dar visibilidade para todos os temas ESG, “mas tomando cuidado para trazer consistência, ter os filtros corretos, se não a mensagem fica desorganizada. ”

Para Rachel Maia, que também preside o conselho administrativo do Pacto Global da ONU, o objetivo de encontros como esse promovido pelo Instituto Capacita-me é lembrar que “o sistema protege o privilégio, protege as diferenças e que a única maneira de combater isso é juntando forças”. Ela diz que é preciso organizar ações em prol dos princípios básicos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) propostos pela ONU e que, se cada empresa fizer a sua parte, isso vai significar muito para mudar o cenário de desigualdade no país.

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